11/18/2011

Porque Liberté?

  A minha frequência nesse blog é rara. Sempre vinculada ao acumulo de momentos ruins. Dessa vez, vim proporcionar mudança à esse espaço.
  Com o passar dos dias os gostos vão lapidando-se. Nada é definitivo. Hoje gosto de chocolate com avelã, amanhã prefiro chocolate com cookies, depois abuso de chocolate e depois retomo à esse sabor. Minha vida é assim. Involuntariamente deparo-me aperfeiçoando crenças, opções, estilo, sabores, cheiros. Não necessariamente mudando, eu diria melhorando. Tá bom, eu sei que nem sempre essa alteração é positiva. Mas se analisarmos bem, as mudanças negativas, com sofrimento, nos impulsionam à concertá-las.
  Eu amadureci, nem tanto. Minha história proporcionou sensações, medos, receios com tamanha proporção, jamais cogitados. Porém, o meu olhar delimitou-se a aproximar-se cada vez mais do real. E passar a sonhar com uma porcentagem menor de loucura e a tentaiva de direcionar os sonhos à realização.
 Sempre fui a mocinha mimada, onde meu desejo era uma ordem. Saí da escola e BUM! Que universo era aquele. Pessoas, coisas, objetivos, metas, capitalismo e interesse rondavam minha cabeça. Lutar sozinha? Caminhar com as próprias pernas? Como? Ainda envolvida pela sensação de revolução imposta pelo colegial, fui á luta. Mas rapidamente deparo-me com uma decepção amorosa. Ai lascou tudo!
Unir-me à três amigas que coincidentemente passavam pelo mesmo status amoroso e dúvidas em questão. Propus liberdade.
 Fotoblog, fotos, badalações, festa, bebidas, azarações e sempre muitas risadas. Jovens "livres" e com energia pulsando. Esse apanhado de situações colaboraram para driblarmos os momentos ruins. Inesquecível época. Marcada pela a inocência e  falsa sensação de liberdade usada para cicatrizar feridas tão profundas.
 Hoje, com os pés mais próximos ao chão, relembro desse pilar que contribui para a formação da minha personalidade.

Mayra Rodrigues